Pelo que depreendi, quer pela leitura do “post”, quer pelos comentários respectivos, quer ainda pelo comunicado da Comissão Concelhia da CDU e mais recentemente por artigo num jornal diário, os resultados finais das eleições autárquicas na Cuba terão sido “distorcidos” devido aos votos de cerca de 40 ciganos e de um número indeterminado ou provavelmente cerca de 120 ou até 140 eleitores não-residentes.
A partir desta apreciação foi depois muito curto o passo até se chegar a afirmações totalmente descabidas e mesmo a idiotices torpes, surgidas no espaço de comentários anónimos.
Em primeiro lugar, porque logo vi aquela expressão “não-residentes” ser equiparada a “Cubenses Não-residentes”, termo que tem sido utilizado para designar os naturais da Cuba que não residem no Concelho e que têm vindo a reunir-se anualmente em almoço-convívio organizado pela Câmara Municipal e promovido pelo Núcleo de Amigos da Cuba.
Em segundo lugar porque, de imediato, o autor do blog avançou para uma explicação mesquinha sobre a alegada participação de largo número de “não-residentes” na votação autárquica:
«E tudo isto apenas com uma preocupação: manter um lugar no almoço anual, com que pela Feira o Sr. Francisco Orelha resolve pagar estes e outros favores.»
Em terceiro lugar porque os leitores com menor espírito crítico logo embarcaram em insultos gratuitos aos “Cubenses Não-residentes” em geral, havendo mesmo um ou outro anónimo que acusou ofensivamente alguns dos promotores do almoço-convívio:
«Tenho 60 anos e nunca vi esta gente que foi votar cá por Cuba! vieram de vários sitios e quem lhes deu as moradas(ORELHAS) foram joão grego,Carlos Calado e o BArbas das bicicletas!isto faz-me lembrar os táis policias do outro regime,não acham?.
20 de Outubro de 2009 8:54»
Antes de mais, importa desde já esclarecer todos os conterrâneos cubenses e principalmente aqueles que vivem na nossa terra, que os “Cubenses Não-residentes” não são um bando de parasitas que vai todos os anos “mamar” um almoço (expressão utilizada noutro comentário anónimo) à custa de quem aí vive.
(continua ...)
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