quarta-feira, 28 de outubro de 2009

SEMEANDO VENTOS (2) - o custo do almoço

Olhando, como exemplo, as contas publicadas e aprovadas relativas ao ano de 2008, os custos externos do almoço foram de cerca de 6600 Euros e a comparticipação dos "Cubenses Não-residentes" cifrou-se em cerca de 2300 Euros, resultantes do valor de 7 Euros pago por 330 adultos, num total ligeiramente superior a 400 pessoas (incluindo crianças). Sendo o almoço destinado a cerca de 600 pessoas no total, número que inclui não apenas os "Cubenses Não-residentes" como também os elementos da Banda Filarmónica e do Grupo Coral (em regime de rotatividade, de entre os Grupos da Cuba) e os convidados da CMC (entidades oficiais, representantes de Colectividades e Associações, vereadores, deputados municipais, membros das Juntas de Freguesia, etc.), constata-se que o custo externo de cada almoço foi de cerca de 11 Euros.
Portanto, os 330 "Cubenses Não-residentes" adultos pagaram 7 Euros por um almoço que teve custos externos de 11 Euros. Os restantes convidados, praticamente todos residentes no concelho, nada pagaram nem nada pagam, como é, aliás, absolutamente lógico. Provavelmente, neste vasto conjunto de convidados, poderemos encontrar algum familiar dos anónimos que acusam os "Cubenses Não-residentes" de se deslocarem à Feira para “mamar o almoço”. E, como a única coisa que lhes interessa é “mamar o almoço”, pois há quem escreva que eles nem sequer têm qualquer amor ou interesse pela terra que os viu nascer, deslocam-se de longe ou de muito longe, e gastam nessa deslocação o dinheiro que seria suficiente para algumas refeições em bons restaurantes na localidade onde residem. Mas a possibilidade de ir à Cuba “mamar o almoço à conta” dos que lá vivem e pagam os seus impostos é irresistível …, segundo se pode deduzir dessas tristes afirmações.
Cumpre também acrescentar que há um número considerável de "Cubenses Não-residentes" que são proprietários de residência na Cuba, e que, por isso, também eles pagam impostos que revertem directamente para o Município.
Pobres comentários de quem não parou um bocadinho para pensar nas barbaridades que escreveu e que com isso só contribuiu para criar ainda mais divisão artificial e inimizade entre os cubenses, semeando ventos de discórdia.
Voltando à afirmação do autor do blog, segundo o qual a participação de elevado número de não-residentes na votação teria resultado da sua «preocupação em manter um lugar no almoço anual (…)» mostra desconhecer que a participação no almoço-convívio é aberta a todos os Cubenses Não-residentes e que a iniciativa já leva vários anos de realização, que abarcaram anteriores actos eleitorais com resultados incontestados.
Como tal, no almoço participam os Cubenses não-residentes que o pretendam, independentemente de opções ou opiniões politico-partidárias que individualmente perfilhem. Certamente que haverá muitos simpatizantes ou militantes da CDU, como do PS ou de outros partidos, mas essas diferenças são irrelevantes quando comparadas com as razões que os levam à Cuba e que os unem, não se fazendo sentir em qualquer dos círculos de confraternização que espontaneamente acontecem naquele encontro.
A comparticipação da CMC para realização do almoço tem sido aprovada por unanimidade nas Reuniões camarárias e os vereadores da CDU também têm reconhecido a importância da manutenção destes encontros de Cubenses, que são ainda uma forma de dinamização da Feira e do próprio comércio local. É que, para além desse contestado almoço onde «beneficiam dos favores» da CMC contabilizáveis em pouco mais de 4 Euros, cada ‘Cubense Não-residente’ acabará por efectuar outras refeições na Cuba (certamente alguma num restaurante), faz umas compras, vai à Tourada a favor de colectividades locais, etc, etc. Provavelmente, em média, deixa mais de 50 Euros, por pessoa, no comércio local. Ou seja, um total superior a 20.000 Euros a troco de ir ‘mamar o tal almoço’

(continua ...)

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